sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Raça Mirandesa

A origem da raça e as suas relações étnicas e filogénicas não estão completamente esclarecidos.
Há quem considere a raça mirandesa descendente da raça fusca do planalto superior castelhano, fazendo parte do tronco ibérico de um conjunto de raças europeias que abrangeria um conjunto de raças afins de Portugal e Espanha mas também de França e Itália todas elas com a característica principal de serem unicolores castanhas, pelo que vulgarmente se designam como pertencentes ao tronco castanho. O representante fóssil desta seria o Bos taurus primigenius, parentesco que não é partilhado por LIMA PEREIRA  que considera a população de bovinos mirandeses "um núcleo fortemente heterogéneo quanto à sua origem por resultar do cruzamento do tronco Bos taurus brachyceros com o tronco Bos taurus primigenius, podendo ainda hoje verificar-se esta diversidade feno-genotipica".
Desde que se realizam concursos pecuários da raça, que passaram a ser apoiados pelo governo com base nos bovinos de raça Mirandesa iniciou-se em abrangendo os animais desta raça que eram explorados nas aldeias vizinhas ao Posto Zootécnico de Miranda do Douro.
Cabeça: nuca larga, levantada e proeminente. Poupa notavelmente espessa e comprida, recobrindo a base dos paus e sempre de cor ruiva. Chifres brancos com extremos afuscados, delgados de pequena envergadura, acabanados e de pontas reviradas para cima e para fora, ficando estas em nível pouco superior ao topete. Orelhas revestidas no interior com compridos e abundantes pelos ruivos. Fonte sub-côncava; olhos aflorados. Cabeça de olhos abaixo, breve, larga e seca; cana do nariz direita e focinho muito curto, negro e superiormente marginado por uma larga orla de pêlos sempre brancos.
Pescoço: curto, grosso com barbela que, pelo menos nos touros, se insere logo sob o beiço inferior e vem até aos joelhos, entre os quais pende.
Tronco: costado redondo. Cernelha baixa. Espinhaço direito, com risca ruiva ou esbranquiçada. Garupa abaulada. Cauda levantada, curta e bem fornecida.
Sistema mamário: bem inserido e desenvolvido, com tetos bem implantados de dimensão média. A produção de leite excede frequentemente a capacidade de ingestão dos vitelos durante o primeiro mês de vida mas estes esgotam-na nos meses seguintes até ao desmame.
Extremidades e aprumos: membros curtos e delgados abaixo do joelho e curvilhão; os posteriores direitos e os anteriores com joelhos desviados para dentro. Coxa convexa.
Cor: castanha retinta no touro, castanha mais ou menos escura, com tendência centrífuga dos aglomerados pigmentados, nos bois e vacas.
Formato: são animais harmoniosos, com temperamento vivo mas dócil, de tamanho grande e formato compacto, do tipo respiratório.
Os valores indicados representam médias calculadas a partir de informação recolhida em explorações que praticam os sistemas de produção tradicional e extensivo.
Peso ao nascimento
Machos - 34,434 ± 3,360 Kg
Fêmeas - 31,025 ± 3,703 Kg
Peso aos 210 dias
Machos - 224 Kg
Fêmeas - 191 Kg
Peso aos 365 dias
Machos - 380 Kg
Fêmeas - 298 Kg
Peso adulto
Machos - 1024 Kg
Fêmeas - 630 Kg
http://www.mirandesa.pt/caracteristicas.htm
http://www.youtube.com/watch?v=P_nWrrmQjhw&feature=related
Trabalho elaborado por Angelo soares, Tercio calisto e Paulo santos.

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